Das pequenas reflexões cotidianas - I

Dispenso o misticismo. Se fosse atribuir um segundo sentido a tudo que me rodeia, tenho certeza de que já estaria louco. Mas, confesso, não condeno quem o faz. É confortável lançar todas as cargas e pesares à responsabilidade dos Deuses e dos astros; vejo que nisso a vida alcança até um pouco de graça. A rotina se parece tão impossível de ser transpassada que encaramos o fim de semana como um milagre natural. E então agarramos o tempo. Rezamos pela segurança do carro no estacionamento e consultamos o horóscopo antes do primeiro drinque de sexta-feira. Nesse sentido o mundo gira. Quanto a mim, vou orando pra que minha cerveja não esquente.

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