(à)vontade

Ando bem. E não é porque consegui não exigir justificativas p'ro teu silêncio mal falado em meio ao eco das minhas respostas; eu já não existo mais. Ando leve. E não é porque trocarei hoje o café filtrado de saudade, pela cerveja brindada e graduada por goles ácidos de motivos; eu já não existo mais. Ando certo. E não é porque quis hoje coerência sobre significados de início e fim enquanto dialogávamos sobre o meio; eu já não existo mais. Ando dormindo. E não é por ter sido hoje acordado pela chuva que conseguiu apagar o que havia de rastro & cansaço & conquista; eu já não existo mais. Ando livre. E não é por ter conseguido superar o sentido de existência quando ouvi seu 'não' bem_dito, que de grito, acordou minha razão; eu já não existo mais.

Ando assim (só) porque hoje choveu quando estive com você e, quando (em tempo) já não estava mais ao seu lado, o sol apareceu.

Ando novo, e isso é bom.

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