Meu peito é oco. Tenho o costume de andar com o coração na boca. Por isso nunca tenho palavras. Posso, no máximo, emprestá-las de você. Todas as palavras são suas e eu só pronuncio. Nunca em voz alta pois o amor tem o sono leve; ele não dorme, só sonha.
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À procura do coração,
A razão bateu na porta do peito.
O coração não estava, pois subiu pra boca.
Então, a razão também subiu
Mas na boca não havia espaço pra ela.
A razão quis entrar, gritou alto.
O amor acordou,
O coração saiu.
E então discutiram e brigaram.
A boca, que já não sabia mais o que dizer, também brigou, pois haviam roubado suas palavras
Acabaram acusando o amor de tal crime.
Ele se defendeu - dizendo:
- As palavras saíram todas abraçadas, umas com as outras, em forma de estrofes.
Saíram todos à procura das palavras
Mas no meio do caminho,
O amor voltou a sonhar,
O coração voltou pra boca
E a razão se perdeu.
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RAPAZ!
ResponderExcluirEstou boba, que absurdo esse seu texto! Que absurdo!
Estou apaixonada.
Seus textos dispensam qualquer comentário. Parabéns! De verdade.
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