Tropeço

"De repente do riso fez-se o pranto"
de repente o choro esgotou o canto
de quem cantava a boemia
sem saber se amou um dia.


E hão de gritar bipolaridade!
do sujeito que, de tarde,
com a ânsia de quem arde,
deu a noite por saudade.


"De repente, não mais que de repente",
com a pena de quem mente,
olharão para o sujeito
a repousar, só, em seu leito.


E hão de gritar vadiagem!
do boêmio que, de samba,
fez da vida corda bamba.

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